domingo, 1 de junho de 2008

Mídia e Falência do Estado



Essa semana uma equipe de repotagem do jornal "O Dia", do Rio de Janeiro, foi torturada durante horas pela milícia da favela do Batan, em Realengo.




O caso teve repercussão internacional e mostra friamente o estado de abandono que se encontra o cidadão carioca.




As políticas públicas burras de segurança daquele e da maioria dos estados brasileiros - prefiro chamar de burras para não entrar no mérito da corrupção endêmica - trouxe de volta os horrores de uma ditadura que, apesar dos pesares, e da própria mídia nacional contribuir para o fato de pensarmos que ela não mais existe, ainda se encontra fortamente ensinuada dentro dos nossos quartéis e da nossa política.




É preciso urgentemente que políticos de verdade, a sociedade e suas instituições formais e informais, assim também e prioritariamente a própria mídia nacional, não se calem diante de um fato escabroso como esse.




Jornalistas são os olhos, os ouvidos e as vozes de milhões de pessoas nesse país e não podem de forma alguma serem violentados por quaisquer milícias ou quadrilhas organizadas, sejam elas institucionalizadas ou não.




É preciso trazer os fatos à tona e de forma bastante exemplar, colocar esses bandidos na cadeia e jogar as chaves fora. Não podemos sequer pensar em democracia quando organizações criminosas como essa testam diariamente até onde pode ir o poder do estado e da sociedade.




Fica aqui registrada a nota de repúdio do Imprensa na Prensa a mais um ato que vem corroborar o que todos nós, cidadãos conscientes, já sabemos: o Brasil encontra-se jogado ás traças!




Cabe agora também aos donos da mídia brasileira acordarem de seus profundos sonos de ambição e pensarem seriamente se vale a pena apoiar grupos que pregam a mentira e a corrupção, ao invés de apoiar o cidadão que trabalha e paga as suas contas em dia e que deseja apenas a merecida paz para continuar sobrevivendo decentemente.




É chegada a hora de decidir que futuro queremos não apenas para o Rio de Janeiro, mas para o país como um todo.




Basta!

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