domingo, 30 de setembro de 2007

A Democracia que a mídia não vê


Quer fazer um teste para ver se as pessoas sabem mesmo o que acontece dentro de uma democracia estilo a do Brasil?



Faça a seguinte pergunta para quem você quiser:



Se você fosse a FEBRABAN - Federação Brasileira dos Bancos - quais partidos ou políticos você apoiaria nas próximas eleições?



Aposto com você que todas as pessoas vão parar para pensar e logo em seguida chutar o nome de um partido ou de uma meia dúzia de políticos. Sabe por que? Porque a maioria ignora em que tipo de democracia a gente vive aqui no Brasil, o que é claro, não é nada diferente de muitas outras democracias lá de fora.



Veja a ingenuidade das pessoas. Sinta porque somos tão explorados.



Se você tivesse ns mãos cerca de 500 bilhões de reais (metade dos lucros que os bancos tiveram nos últimos anos) você poderia apoiar (o que significa comprar) todos os partidos e seus políticos de primeiro escalão.



Isso também significa que quando eu, você e o vizinho da esquina vamos para as urnas votar, a coisa já está combinada, já está vendida. Não temos nenhuma chance de escolher realmente alguém que vá cuidar dos nossos interesses. Os nossos interesses não pagam os caixas dois de campanha dos partidos, não pagam propinas para "fabricação" de leis, não pagam presentinhos para os políticos e seus familiares, etc.



Entendeu agora como é que funciona a coisa mané?



Quando você vai para as urnas, as eleições já estão ganhas para a FEBRABAN, independentemente do partido que sair vencedor. Nós somos os únicos perdedores, os otários que acreditamos que nosso voto serve para alguma coisa.



Qual então a responsabilidade da mídia no caso?



Toda, é claro!



Ou você acha que os grandes jornais, revistas, rádios e redes de televisões (a maioria desses últimos nas mãos de políticos de carreira) não sabem que isso sempre acontece?



Enquanto isso, a maioria da população, incluindo aí o que podemos chamar de população "culta", com grau de instrução superior, bom emprego, casa na praia, etc., acredita realmente que o voto no Brasil serve para alguma porcaria.



Tem gente ainda que pensa que são os partidos e os políticos que governam o país. Bom, tem gente para tudo nesse mundo.




terça-feira, 25 de setembro de 2007

O etanol já é besteirol


Quando a gente lê os jornais e assiste a telinha, dá a impressão que realmente o etanol é a solução de energia do futuro.



Ninguém, por exemplo, fica sabendo que para produzir todo o etanol que o presidente Lula está querendo vender lá fora, vamos ter que derrubar milhões de hectares de florestas.



Parece que o etanol também vai ser a nossa salvação econômica. Claro que não contam pra gente que se entrarmos no século XXI como plantadores de cana, lá para a frente vai ser difícil ser outra coisa. E quando ninguém quiser comprar mais o nosso etanol, quando aqueles que, em vez de plantar cana, e que resolveram investir em tecnologia de ponta, descobrirem outras formas de energia muito mais limpa e barata (e isso já está acontecendo), não vamos saber em que planeta estamos e aí teremos que começar tudo de novo, claro que com os nossos usineiros já muito cheios da grana. Talvez eles resolvam até morar num país melhor.



O problema da etanol não é apenas um problema de visão política e econômica, é um problema de miopia, ganância e mídia. A mídia não discute o assunto com profundidade e a população não fica sabendo que isso não é apenas uma questão política ou econômica, mas de ciência e estratégia.



Miopia e ganância, também porque aqueles que querem lucro rápido estão se lixando para o futuro do país e das próximas gerações. Sempre foi assim com esses caras.



O que não dá para entender, é que a mídia resolveu apostar que presidente da república serve para isso mesmo. Serve para ser representante comercial de meia dúzia de interesses. Achei que quando eu votasse num presidente, ele estaria mais preocupado com assuntos de interesse da população e não dos usineiros e macro empresários.



Achei por exemplo que o presidente iria viajar para trazer novas soluções para a saúde, educação, cultura, etc. Mas o presidente só viaja para discutir etanol!



A mídia está fazendo o seu papel. Apoiando esses interesses e escondendo o que há de mais novo em questão de pesquisa tecnológica para a geração de energia limpa.



Aposto aqui que vocês nunca viram nem nos jornais eletrônicos, nem nos convencionais e nem na telinha, alguém aludir às pesquisas com motores magnéticos.



Vocês sabem o que é isso?



É uma forma de geração perpétua de energia através de sistemas de repulsão magnética, que serve tanto para mover motores como para impulsionar trens, máquinas, etc.



Alguns países, como o Japão, Áustria e Alemanha já estão apostando nessa nova tecnologia, que irá revolucionar o nosso mundo. Enquanto isso, vamos plantando cana!



Quem quiser saber como funciona essa tecnologia, pode dar uma olhada no vídeo que está no endereço http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/videos/Motormagneticorevolucionario.wmv



Tem muita coisa sobre essas pesquisas no Youtube.



Basta pesquisar com o termo "magnet motor".



Quem sabe alguém da mídia dá uma passada por lá e resolve saber do que se trata.



Cuidado hein! Quem prega a burrice acaba ficando burro!

domingo, 23 de setembro de 2007

A Imprensa Maria vai com as outras


Quem é que não ouviu falar nesses últimos meses, nos diversos veículos de comunicação brasileiros, pelo menos uma vez por dia, sobre o caso do desaparecimento misterioso em Portugal, da menina inglesa Madeleine MacCan?

Uma enchurrada de informação diária e repetida até o cansaço dos leitores e espectadores da telinha.

Não que a informação não seja importante e não provoque em todos nós aquele sentimento de compartilhamento com as dores dos pais, não é isso. O que quero alertar é que a imprensa brasileira, atrás do sucesso e do lucro, repete incessantemente, como uma matraca, a mídia internacional, afastando os brasileiros de outras notícias muito mais importantes e próximas à nossa realidade.

O fato é que se a imprensa fosse falar de todas as "Madaleines" que temos desaparecidas no Brasil, não haveria espaço para mais nada nas televisões e jornais.

Segundo a ong Ciranda - Central de Notícias dos Direitos da Infância e Adolescência, endereço: http://www.ciranda.org.br/2004/prioridadefull.php?mode=ver&id=286 , o número de crianças desaparecidas cresceu 311% entre 2003 e 2006 no Brasil.

De acordo ainda com a Rede Nacional de Identificação e Localização de Crianças e Adolescentes Desaparecidos (Redespar), em torno de 40 mil crianças desaparecem anualmente no Brasil. A maioria dos casos tem solução rápida, no entanto, de 10 a 15% das crianças continuam desaparecidas por muito tempo.

A mídia então, finge que está fazendo seu papel social. Para quem assiste a telinha e lê os jornais na mídia eletrônica, fica a sensação de que ela, a mídia, se preocupa muito com as crianças desaparecidas de dentro e de fora do país.

Uma ova! Ela só se preocupa se isso der algum lucro, se for um caso em que ela possa atrair a atenção da população e fazer o leitor ou espectador ficar colado na programação, e por conseguinte, nos intervalos comerciais.

A mídia consegue desinformar o cidadão e, ao mesmo tempo, ser uma espécie mórbida de urubu da notícia, lucrando em cima da desgraça alheia.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Quando não há o que comemorar...fica-se em silêncio


Nada!

Isso mesmo, nada!

Passei em revista os principais jornais eletrônicos do país e nada!

Nenhuma palavra sobre o que significa o 7 de setembro. Nada!

Coincidência? Duvido!

Será que os nossos jornalistas estão fazendo jornal para quem já sabe de tudo?

E os mais jovens, onde ficam?

Mas também, quem é que vai ter coragem de contar aos mais jovens a história real da nossa tão mentirosa "independência"?

Quem é que vai querer contar aos mais jovens que a nossa dívida pública é tão grande, devemos tanto aos banqueiros de fora e daqui, que ela já se tornou praticamente impagável?

Quem é que vai dizer a esses jovens, que a nossa independência vai ter que esperar ainda uns 50 anos para que não tenhamos mais miseráveis recebendo esmolas do governo?

Quem é que vai querer estragar a festa e contar para a galera, pros mano, que mesmo depois de formados numa faculdade, vão ganhar menos de um quarto do que seus pais ganhavam a 20 anos atrás.

Quem é por exemplo, que vai querer contrariar a história e mostrar, que o Tiradentes, aquele cara que morreu enforcado antes de D. Pedro, porque queria a indepência do Brasil. Quem é que vai querer contar pra essa gente nova, que ele morreu porque achava um absurdo a coroa portuguesa cobrar 20% de impostos sobre o nosso ouro, e que hoje, aqui nesse mesmo lugar, a gente paga mais de 50% por ano?

Quem é que vai querer dizer pra essa gente que está chegando agora, que na década de 70, mesmo sob o regime militar, a gente tinha muito mais liberdade e "independência" do que tem hoje. A gente se divertia mais, não existia em nós o sentimento de medo generalizado que as pessoas carregam atualmente. A gente andava à pé de madrugada pelas ruas, íamos em festas na casa de gente que a gente nem conhecia e éramos recebidos com gentileza. Éramos mais livres, mais felizes, mais humanos.

Quem é que vai contar direitinho a história que não se conta mais, de que a gente é muito mais escravo hoje da economia globalizada do que éramos 30 anos atrás?

Quem é que vai se atrever a contar para quem ainda não sabe, que todo o ouro que retiraram de serra pelada e de outras minas, como desde o início da história desse país, foi embora para outras terras, deixando aqui apenas aquela paisagem mórbida, esburacada, de fim de orgia?

Quem é que vai ter a coragem de comemorar a libertação de uma terra que ainda não veio?