domingo, 12 de outubro de 2008

Mídia e Crise Econômica


Enquanto governos do mundo inteiro (inclui-se aqui o do Brasil) abrem seus cofres para ajudar os pobrezinhos dos banqueiros a vencer uma crise que eles mesmos criaram devido á ganância desmedida, fecham os mesmos cofres para investimentos mais que urgentes nas áreas sociais.

Algumas perguntas urgentes ficam no ar e merecem respostas claras. 

Essas perguntas não só são esquecidas pelos meios de comunicação e de jornalismo que diariamente fazem da crise um show, como são sistematicamente e devidamente enterradas na lama da omissão.

Aqui vão algumas delas:

- Nas mãos de quem foi parar todo o dinheiro que sumiu do mercado internacional? Sim, porque deve ser difícil sumir com uns três trilhões de dólares.

- Como é que bancos, como o americano Lehman Borthers, que pediu concordata há uns dias atrás têm $ 300.000.000,00 (trezentos milhões de dólares) para pagar em bônus a apenas um de seus executivos nos últimos oito anos?

- Quando lemos e ouvimos os noticiários sobre a crise financeira mundial a mídia sempre nos diz que "os bancos terão ajuda dos governos" e nunca lemos ou ouvimos uma única vez sequer a frase "os bancos terão ajuda dos governos com o dinheiro de seus contribuintes"?

- Se o mercado, como afirmam a maioria dos economistas e políticos do ocidente, deveria se auto-regular, porque tudo deu então tão errado? Não estaria na hora de pensar que se isso não funcionou no mercado pode não funcionar também como política de telecomunicação, propaganda, etc? Será que o CONAR - Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária também não vai apresentar problemas futuros?

- Se eu ou você, por exemplo, arriscarmos tudo na ciranda financeira e perdermos o nosso dinheiro também poderemos contar com a ajuda do governo?

- Alguém aqui tem ouvido ou lido na mídia alguma coisa sobre quanto e como os bancos serão punidos por tamanha irresponsabilidade?

- Será que mesmo depois de receber ajuda financeira à base de dinheiro de todos nós, otários do planeta, os bancos vão mudar suas estratégias? Alguém saberia me dizer se leu ou ouviu alguma coisa a respeito na mídia?

Vamos esperar sentados as respostas. Um dia elas certamente virão.








quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Algumas perguntinhas básicas


Essa semana a conta da farra do mercado dos bancos e do mercado de ações chegou na porta da casa de cada um de nós.

Cumpre aqui então fazer algumas perguntas que a mídia ainda não fez e deveria fazer:

Primeiro

O FHC e depois o Lula apostaram, como todos os neoliberais embasbacados por poder, que o mercado se auto regularia. A pergunta é: 

A ganância consegue ter alguma regulagem já que não tem limites? Qual o discurso agora para que os estados possam deixar em paz os agiotas e capitalistas selvagens trabalharem e explorarem em paz?

Segundo

Se durante todo esse tempo as agências que sinalizam os riscos não se deram conta de que seus cálculos estavam totalmente errados e falharam em 100%,  não estaria na hora de a imprensa e os estados decretarem a morte dessas porcarias que apenas servem a interesses de especulação?

Terceiro

Que a mídia precisa explicar as coisas direitinho para a população que vai pagar a conta do estrago. 

Explicar que ao invés de o governo dos EUA salvar as pessoas endividadas daquele país, que poderiam pagar suas dívidas e voltar para as suas casas, ao invés de dormirem em automóvieis, preferiu "salvar" os bancos e isso pode acontecer aqui. Se as pessoas pudessem pagar as suas dívidas, poderiam dessa forma e indiretamente salvar os bancos. Entendeu?

Ora, não é preciso ser economista para saber que essa gente que ficou sem casa também vai ficar sem trabalho logo logo. Ai, vai parar de comprar as porcarias que estão acostumados a comprar e contribuir para que mais otários que votam em seus candidatos e acreditam em Papai Noel fiquem também desempregados e por ai vai.

E por último:

Que é preciso saber que não existem crises isoladas no mundo desde há muito tempo. Em mundo globalizado uma coisa influencia a outra. 

À propósito, a coisa não é tão ruim quanto parece. Vamos poder pagar essa conta em muitas prestações.