quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Algumas perguntinhas básicas


Essa semana a conta da farra do mercado dos bancos e do mercado de ações chegou na porta da casa de cada um de nós.

Cumpre aqui então fazer algumas perguntas que a mídia ainda não fez e deveria fazer:

Primeiro

O FHC e depois o Lula apostaram, como todos os neoliberais embasbacados por poder, que o mercado se auto regularia. A pergunta é: 

A ganância consegue ter alguma regulagem já que não tem limites? Qual o discurso agora para que os estados possam deixar em paz os agiotas e capitalistas selvagens trabalharem e explorarem em paz?

Segundo

Se durante todo esse tempo as agências que sinalizam os riscos não se deram conta de que seus cálculos estavam totalmente errados e falharam em 100%,  não estaria na hora de a imprensa e os estados decretarem a morte dessas porcarias que apenas servem a interesses de especulação?

Terceiro

Que a mídia precisa explicar as coisas direitinho para a população que vai pagar a conta do estrago. 

Explicar que ao invés de o governo dos EUA salvar as pessoas endividadas daquele país, que poderiam pagar suas dívidas e voltar para as suas casas, ao invés de dormirem em automóvieis, preferiu "salvar" os bancos e isso pode acontecer aqui. Se as pessoas pudessem pagar as suas dívidas, poderiam dessa forma e indiretamente salvar os bancos. Entendeu?

Ora, não é preciso ser economista para saber que essa gente que ficou sem casa também vai ficar sem trabalho logo logo. Ai, vai parar de comprar as porcarias que estão acostumados a comprar e contribuir para que mais otários que votam em seus candidatos e acreditam em Papai Noel fiquem também desempregados e por ai vai.

E por último:

Que é preciso saber que não existem crises isoladas no mundo desde há muito tempo. Em mundo globalizado uma coisa influencia a outra. 

À propósito, a coisa não é tão ruim quanto parece. Vamos poder pagar essa conta em muitas prestações.


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