Deve realmente ter sido muito constrangedor para o excelentíssimo presidente da república ter que aceitar que a sua popularidade vai muito bem nas estatísticas e aparece muito mal no mundo real, com pessoas não escolhidas à dedo, ao vivo e à cores.
A mídia, como seria de se esperar, noticiou o caso das vaias ao grande irmão Lula no maracanã com a superficialidade de sempre.
Foram tirados do saco mil e uma explicações. De que apenas um grupo de políticos locais haviam vaiado o presidente, de que o carioca vaia até minuto de silêncio no maracanã, etc. etc.
O que a mídia ficou por analisar, é que essa reação não veio da classe pobre, acostumada com as monobras e missangas paternalistas.
Pobre não teria dinheiro para pagar o ingresso. Tinha muita classe média assistindo à abertura. Muita gente que tem mais acesso à informação (mesmo que seja manipulada), escola, vida social. Gente que está pagando a conta com seus impostos descontados diretamente nos salários. Gente que sabe que paga mais de 35% ao ano de impostos e ainda assim têm que pagar a escola dos filhos, o convênio médico, a aposentaoria privada e por aí vai.
É bom quando a máscara cai e esses senhores e senhoras começam a perceber que o mundo real não é o daquele criado por seus marqueteiros, onde tudo é lindo, funciona e é maravilhoso.
Foi um fiasco? Foi sim, e a mídia devia também aprender uma lição.
Pobre não compra jornal.
Quem quer vender jornal tem que pelo menos saber para quem está vendendo e se se alguém vai continuar comprando.
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