quarta-feira, 25 de julho de 2007

As conseqüências reais...

Esses últimos dias temos convivido no Brasil com aquilo que poderíamos chamar de "as conseqüências reais que advém da podridão e da mentira".

Sim, porque o que estamos assistindo em relação á crise aérea nacional (se é que ela existe para o governo) são as conseqüências das políticas do setor aéreo que foram (ou não foram) adotadas durante anos nesse país. Assim como tudo aquilo que éramos levados a pensar, e as informações que tínhamos sobre esses assuntos estavam incorretas. Eram mentiras pregadas para nos enganar. Todas as mortes, sofrimentos e tristezas das famílias envolvidas também são as conseqüências de tudo isso.

E não é só! Quando as polícias do Rio de Janeiro e a força nacional sobem nas favelas com aparatos de guerra e ferem e matam dezenas de pessoas, estamos vendo as conseqüências das políticas públicas e de segurança que foram adotadas (ou não) durante anos no Brasil. Assim como tudo aquilo que éramos levados a pensar, e as informações que tínhamos sobre esses assuntos estavam incorretas. Eram mentiras pregadas para nos enganar. Todas as mortes, sofrimentos e tristezas das famílias envolvidas também são as conseqüências de tudo isso.

Quando assistimos os jovens desse lindo e sofrido país trabalharem em empregos, cujas exigências para ocupá-los vão além do que seria razoável, e seus salários serem por volta de um terço daquele que seus pais ganharam com muito menos qualificação há alguns anos atrás, estamos assistindo as conseqüências das políticas de trabalho e emprego que foram (ou não foram) adotadas nesse país. Assim como tudo aquilo que éramos levados a pensar, e as informações que tínhamos sobre esses assuntos estavam incorretas. Eram mentiras pregadas para nos enganar. Todas os sofrimentos e tristezas desses jovens e de suas famílias envolvidas, também são as conseqüências de tudo isso.

Quando assistimos aos noticiários e temos a certeza de que nesse país quem rouba de verdade. Quem tira dos cofres públicos todos os dias os milhões e milhões que serviriam para implementar políticas públicas verdadeiras, que fortalecem os mais humildes e asseguram tranqüilidade a todos, que nos garante um futuro digno e uma sociedade mais justa; essa gente, essa gente que como vampiros atacam suas vítimas e lhes sugam todo o líquido vital, que se apoderam do que não lhes pertence e não são punidas por isso. Então estamos assistindo a cruel conseqüência das falhas da justiça que levam à impunidade.

Sim porque quando esses ladrões roubam o que era para ser destinado aos cidadãos de bem. Quando enchem suas casas de porcarias de Miami, suas garagens de carros importados, podem ter certeza meus amigos e minhas amigas que alguém ficou sem leite, sem trabalho, sem um livro, sem uma casa, sem um pai, sem dignidade. E é essa a verdadeira história que os jornais não contam.

Vocês já pensaram porque a mídia de informação nunca faz essa ligação? Nunca nos diz quantas pessoas morreram por falta de atendimento nas porcarias dos nossos hospitais públicos, por que algum sabichão resolveu comprar uma casa nova num bairro de luxo?

Então quando não somos informados que a verdade é essa, pode ter certeza de que estamos assistindo as conseqüências das políticas públicas de informação que foram (ou não) adotadas nesse país durante muitos anos. Assim como tudo aquilo que éramos levados a pensar, e as informações que tínhamos sobre esses assuntos estavam incorretas. Eram mentiras pregadas para nos enganar. Todas as mortes, sofrimentos e tristezas das famílias envolvidas também são as conseqüências de tudo isso.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá meu amigo Valmir, boas palavras, palavras que queremos ver serem discutidas em nossa imprensa. E que sabemos que vai ser difícil, as vezes, entre um Arnaldo e outro ainda nos sentimos representados.
Dúvidas e perguntas que nunca teremos respostas aceitáveis. São tantas e tantas, posso deixar uma?

Que poder ou capacidade (digamos assim) uma Marta Suplicy tem para sustentar o cargo que ela ocupa? apesar de tudo?

Um grande abraço, Denis.