quinta-feira, 12 de julho de 2007

As distorções da mídia do dia a dia



Hoje na primeira página do portal de notícias da Globo - G1, acharemos uma história que ao mesmo tempo é inusitada e comovente, se não fosse é claro, no fundo, mais um erro da nossa imprensa eletrônica. Erro essse que nos revela como a notícia pode desviar a atenção dos mais incautos e provocar aqui, o que poderíamos chamar de anestesiamento das verdadeiras noções de lei e ordem; vejamos:

Com o título "Lotérica rasga bilhete premiado de menino de 10 anos", o jornal expõe a história de um garoto que, após comprar um bilhete de raspadinha numa lotérica do RS, teve seu bilhete premiado em R$ 10.000,00. resgado por engano pela funcionária da lotérica.

A notícia acaba com final feliz depois que o garoto, acompanhado pelo pai, dirigi-se até uma agência da caixa econômica federal, onde após verificação na integridade da marca dágua do bilhete pela gerência do banco, o prêmio pôde ser pago.
Vejam senhores e senhoras que história mais comovente. Um menino pobre, de 10 anos, entra numa casa lotérica e compra seu lindo bilhete premiado. Seria comovente se não fosse um crime.

Em nenhum momento a notícia questiona o que um garoto de 10 anos de idade estava fazendo dentro de uma casa de jogos e nem o que estavam fazendo os donos e funcionários da casa lotérica, quando resolveram (e isso deve ser comum nesse negócio) vender um bilhete para um menor de idade.

Entre essas e outras notícias são enterrados nesse país o nosso senso de lei, ordem e justiça. Garotos de 10 anos de idade agora podem comprar seus bilhetes de loterias tranquilamente.


A Caixa Garante!

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